sábado, 23 de julho de 2011

O último folheto


Todos os domingos à tarde, depois do culto da manhã na igreja, o pastor e seu filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos evangelísticos. Numa tarde de domingo, quando chegou à hora do pastor e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse: -'Ok, papai, estou pronto. ' E seu pai perguntou: -'Pronto para quê?': -'Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos. ' Seu pai respondeu: -'Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito. ' O menino olhou para o pai surpreso e perguntou: -'Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?' Seu pai respondeu: -'Filho, eu não vou sair nesse frio. ' Triste, o menino perguntou: -'Pai, eu posso ir? Por favor!' Seu pai hesitou por um momento e depois disse: -'Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, filho. ' -'Obrigado, pai!' Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos evangelísticos a todos que via. Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado, mas faltava o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta. Finalmente, este soldadinho de onze anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda. Ele tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente: -'O que eu posso fazer por você, meu filho?' Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este pequeno menino disse: -'Senhora, me perdoe se eu estou incomodando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR. ' Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora. Ela o chamou e disse: -'Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!' Bem, na manhã do seguinte domingo na igreja, o Papai Pastor estava no púlpito. Quando o culto começou ele perguntou: - 'Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?' Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé. Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparecia em seu rosto. - 'Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu há algum tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver. Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu pensei: -'Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. ' Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei: -'Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar. ' Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta, enquanto a campainha soava cada vez mais alta. Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA quando ele exclamou com voz de querubim: -'Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. ' Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos. Conforme aquele anjinho desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto. Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma FILHA FELIZ DO REI!!! Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO ao anjinho de Deus que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno. ' Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja. E quando gritos de louvor e honra ao REI ecoaram por todo o edifício, o Papai Pastor desceu do púlpito e foi em direção a primeira fila onde o seu anjinho estava sentado. Ele tomou o seu filho nos braços e chorou copiosamente. Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho... Exceto um. Este Pai também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, todo o céu gritou louvores e honra ao Rei, o Pai assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e potestade e lhe deu um nome que é acima de todo nome. Bem aventurados são os olhos que vêem esta mensagem. Não deixe que ela se perca, leia-a de novo e passe-a adiante. Lembre-se: a mensagem de Deus pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você. Por isso... - Me perdoe se eu estou incomodando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS TE AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto...
Extraído do Blog Diniz K9

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O pato e a acusadora

Havia um pequeno menino que visitava seus avós em sua fazenda.
Foi lhe dado um estilingue para brincar no mato.
Ele praticou na floresta, mas nunca conseguiu acertar o alvo.
Ficando um pouco desanimado, ele voltou para o jantar.
Como ele estava andando para trás, viu o pato de estimação da vovó...
Em um impulso, ele acertou o pato na cabeça e matou-o. Ele ficou chocado e triste!
Em pânico, ele escondeu o pato morto na pilha de madeira!
Sally (sua irmã) tinha visto tudo, mas ela não disse nada.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Sally, vamos lavar a louça"
Mas Sally disse: " Vovó, Johnny me disse que queria ajudar na cozinha "
Em seguida, ela sussurrou-lhe: "Lembra-te do pato? '
Assim, Johnny lavou os pratos.
Mais tarde naquele dia, vovô perguntou se as crianças queriam ir pescar e vovó disse: "Me desculpe, mas eu preciso de Sally para ajudar a fazer o jantar."
Sally apenas sorriu e disse, "está tudo certo, porque Johnny me disse que queria ajudar"
Ela sussurrou novamente, "Lembra-te do pato?"
Então Sally foi pescar e Johnny ficou para ajudar.

Após vários dias de Johnny fazendo o trabalho de Sally, ele finalmente não aguentava mais.
Ele veio com a avó e confessou que tinha matado o pato.
A avó ajoelhou, deu-lhe um abraço e disse:
" Querido, eu sei... eu estava na janela e vi a coisa toda, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar Sally fazer de você um escravo."
Pensamento do dia e todos os dias depois:
Qualquer que seja o seu passado, o que você tem feito... O diabo fica jogando-o no seu rosto (mentir, enganar, a dívida, medo, maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc ).... seja o que for... Voc ê precisa saber que:

Deus estava de pé na janela e viu a coisa toda.

Ele viu toda a sua vida ... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer um escravo de você.
A grande coisa acerca de Deus é que quando você pedir perdão, Ele não só perdoa, mas Ele se esquece.
É pela graça e misericórdia de Deus que somos salvos.
Vá em frente e faça a diferença na vida de alguém hoje.
Compartilhe esta mensagem com um amigo e lembre-se sempre:
Deus está à janela!
Enviado pela amado irmão Elson Carlos

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Senhorio de Cristo


O homem foi criado em cumprimento de um plano divino que visava a convivência harmônica entre Deus, ele e o universo criado para o seu conforto e bem-estar. As relações entre os três elementos (Deus, homem e universo) seguiriam uma lei muito simples de compreender: se o homem se submetesse ao suave jugo divino, acatando e seguindo as sábias e corretas orientações de Seu Plano, viveria eternamente; caso contrário, fatalmente morreria (Gn 1:26-30; 2:8, 9, 15-18; Mt 11:29, 30).

Então o Deus eterno, a Santíssima Trindade constituída pelo Pai, Filho e Espírito Santo planejou e criou o homem e o universo. As fórmulas da criação eram por demais complexas e, embora reveladas na própria obra, somente seriam descobertas pelos homens através de um efeito dominó, uma coisa levando a outra, na medida em que as primeiras fossem sendo cumpridas (Gn 1:1, 26; Rm 1:19-20; 1 Co 2:7; Cl 2:2, 3; Dt 29:29; Jo 13:17).

O homem jamais conheceu todo o plano de Deus. Como bem disse Shakespeare, “há muito mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”. Assim como o céu é mais alto do que a terra, assim também são os pensamentos de Deus em relação aos nossos pensamentos. Sócrates foi considerado o mais sábio dos gregos simplesmente porque admitiu que tudo o que sabia é que nada sabia. Paulo escreve aos coríntios dizendo que “se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber”. Quem conhece o plano de Deus é o Espírito Santo de Deus. E o homem, por mais sábio que seja, somente vai conhecer os mistérios de Deus quando Ele decidir revelar-lhe. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (Is 55:8, 9; 1 Co 8:2; 2:11, 14).

Mas Satanás julgou conhecer o plano de Deus; admitiu a possibilidade de não somente ele, mas também do homem poder ser igual a Deus. E ambos caíram exatamente por isso. Deus somente é Deus porque está acima de tudo e de todos (Is 14:14; Gn 3:1-6, 22-24; Sl 113:4; Ef 4:10; Sl 135:5; Is 14:12; Dn 5:21).

A ordem estabelecida no plano de Deus e já revelada é Deus – homem – universo. O universo deve estar sob o jugo do homem e este sob o jugo divino. Essa é a sequência da vida. Quanto às demais sequências possíveis, não quero dizer que todas possam conduzir à morte. Isso, porém é o que tem mais probabilidade de acontecer, sempre que nos aventuramos pelo desconhecido. Deus sabe o que é melhor para nós; o homem acha que sabe o que é melhor para ele. A fórmula da vitória é a da submissão ao jugo divino (1 Co 11:3; Mt 11:29, 30; Sl 42:7; Pv 14:12; Hb 12:10, 11; Pv 16:1; Tg 4:15).

Seguindo um “achismo” de seus próprios pensamentos e sob orientação alienígena, o homem rompeu os laços com o Senhor, provocando um desequilíbrio universal que acreditara não fosse ocorrer. Todos estão pagando e sofrendo por causa isso: Satanás, a humanidade e o universo.

Todavia, Deus também previra em seu plano que a queda ocorreria e que o homem buscaria conduzir sua vida conforme os seus próprios pensamentos. E para tanto, a Santíssima Trindade, ainda naqueles tempos eternos, antes que o mundo fosse mundo, igualmente preparou um plano alternativo de salvação para aqueles que desejassem se submeter voluntariamente ao senhorio da divindade. E assim está acontecendo. Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus veio ao mundo para ser o Senhor dos judeus, o povo que Deus escolhera em Abraão para servi-Lo. Todavia, ante a rejeição destes, Ele estendeu o plano a todos quantos o quisessem receber nessa condição. E àqueles que optaram por servi-lo Ele os recebeu pela adoção como se filhos fossem (Gl 4:4; Ef 1:3-5; Jo 1:11, 12).

E desde então os homens têm buscado adequar-se novamente aos padrões divinos da criação, que tem em Deus, o Senhor e, no homem, o servo. Muitos têm tentado, poucos têm conseguido. E a razão do fracasso é simples. Tais pessoas têm aceitado a Jesus como Salvador, mas não o tem recebido como Senhor de suas vidas. Querem-no como Salvador, mas também querem continuar no comando, por cima das “mais altas nuvens”, como se fossem seus próprios senhores. Esse foi o pecado de Satanás; esse foi o pecado dos reis; esse foi o pecado do homem. No plano da criação o homem não é o seu Senhor. Qualquer pensamento contrário a esse é total rebeldia contra Deus. Deixar de reconhecer a Cristo como o Senhor é o maior pecado que se comete contra Deus, porque foi Ele que colocou Jesus, seu Filho Amado nesta posição. E vale dizer que a salvação do homem está condicionada a essa atitude servil. É salvo aquele que escolhe servir a Deus de boa vontade, de todo o coração e de toda a alma, sem constrangimento, como se obrigado fosse, sem pensar em recompensas, em prêmios e na própria salvação. Esta é como um prêmio que Deus dá àqueles que o escolheram e não depende de nada mais além da vontade do próprio Deus, embora somente são salvos aqueles que optaram por servi-lo, porque esse é o plano imutável do Senhor Deus. Mas poderia acontecer que mesmo tendo optado por servir a Deus, ainda assim alguns poderiam não ser salvos, porque Deus assim o quis. E isso estaria fora de discussão já que ninguém tem direito à salvação, sendo ela uma dádiva de Deus. Todavia, não é assim que tem acontecido. Deus tem dado a salvação a todos aqueles que se submetem ao senhorio de Cristo sobre suas vidas. Desse modo, se assim procedermos, podemos e devemos ter fé de que seremos salvos por Jesus e entraremos na glória de Deus (2 Co 4:5 (Senhor; servos); Rm 10:9 (confessar Jesus como Senhor); Jo 6:68 (Senhor...); Mt 20:1-15 (liberdade para fazer o que quiser com o que é seu); Tg 1:17 (Deus imutável); Jo 1:12 (a todos que o recebem como Senhor); Hb 11:6 (Ele é galardoador dos que o buscam)).

Alguns tem achado que podem mudar o curso dessa história; que não precisam se submeter integralmente ao Senhorio de Cristo, que basta reconhecer que Ele é o Senhor. Ora, minha gente, até os demônios sabem que Jesus é o Senhor. Todavia, não o obedecem, não fazem o que ele manda, não o reconhecem com o SEU SENHOR. E por isso não serão salvos. Pois uma coisa é certa: todos os salvos estão entre aqueles que se submetem ao senhorio de Jesus. O discípulo é aquele que faz o que o Seu Mestre ensina; o servo é o que faz o que o Seu Senhor manda. Alguns alegam que Jesus não nos trata como servos, mas como amigos. Sim! É verdade! Porém, isso não muda as coisas: embora sejamos tratados pelo Senhor como se fôssemos seus amigos, ainda assim continuamos sendo seus servos (Mt 7:21; Lc 6:46; Jo 15:14, 15; (Amigos e Servos)).

Se o Senhor é muito bom e nos dá além do que nós merecemos, isso deve ser um motivo ainda maior para que nós nos coloquemos sob o seu comando, submetendo-nos ao seu senhorio e colocando-nos à sua disposição para sermos instrumentos ao seu serviço. Nosso Senhor não é um carrasco, mas um bondoso Senhor. Ele não coloca em nossas costas um fardo além de nossas forças. Se o fardo está muito pesado, provavelmente estamos carregando um fardo extra que nós mesmos ou outro alguém colocou em nossas costas. Ele deseja que nós o sirvamos com alegria e sem sofrimento. Por isso, o seu fardo é leve e o seu jugo, suave. Grande e Bondoso é o Senhor a quem servimos. Aleluia! (Mt 11:28-30; Sl 100:2; 145:9).
Prof Izaias Resplandes
Extraído de:
http://www.recantodasletras.com.br/mensagensreligiosas/2873510

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tudo posso naquele que me fortalece

"Tudo posso naquele que me fortalece"
Um estudo exegético de Filipenses 4:13 

de Dennis Downing
Será que o Cristão pode fazer de tudo? Será que temos, por meio de Cristo, poder para realizar qualquer feito? O que é que Paulo quis dizer com esta declaração ousada?
O contexto imediato
Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato (Fil 4:10-20) indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.
Paulo poderia, de repente, sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre todas as necessidades em geral. Ou, como alguns entendem pela frase isolada, ele poderia dizer que, por meio de Cristo, consegue realizar de tudo. No entanto, para fazer isso, seria esperado que Paulo desse algum sinal de tal mudança. A ausência de uma sinalização não impede de forma categórica esta possibilidade. Mas, sendo que o contexto imediato é satisfatório, e que não há evidência clara dele ter intencionado uma afirmação mais geral, devemos concluir que o ponto dele neste versículo é de que, dentro das necessidades pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo que precisa para lidar com elas.
Como Paulo usava “tudo”
Ajuda-nos a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade. [1]
Podemos ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências, para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade.
De forma parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo.
Da mesma forma, em Fil 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fil 1:13). Ele estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses da forma como Timóteo havia feito. Mas, presumimos que Paulo contaria entre aqueles em quem confiava pessoas como Epafrodito (4:18) e os da casa de César (4:22). Portanto, ele não estava relegando nem a raça como um todo, nem toda a população de Roma ao grupo dos que “buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Ele quis dizer que muitos eram assim, porém Timóteo era diferente.
De igual modo, ao dizer em Fil 4:13 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (4:19).
O foco da passagem
Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz.
É um eqúivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcancar grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por conta própria, já descartou a imporância das grandes realizações pessoais. Em 3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí, ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superior a todas as suas conquistas (3:8,10). Dificilmente Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de realizar grandes coisas, mesmo com Cristo. O ponto de Paulo é de assegurar estes irmãos de que, na abundância ou na adversidade, Cristo os faria fortes o suficiente para lidar com qualquer situação, permanecendo fiéis a Ele.
Perigo de interpretação
Existe pelo menos um perigo de uma interpretação demasiadamente genérica deste versículo. Crentes podem ficar frustrados ou duvidando das promessas de Deus se tentarem coisas que consideram dentro da vontade de Deus, mas falharem. “Cristãos frequentemente anunciam, ‘Tudo posso naquele que me fortalece’, para assegurar a outros (e a eles mesmos) que podem ser bem sucedidos em empreendimentos para os quais eles podem ou não ser qualificados. Fracasso subsequente os deixa transtornados com Deus como se ele tivesse quebrado uma promessa!” [2]
Se “tudo posso naquele que me fortalece” significa que posso realizar qualquer obra ou feito, desde que seja algo que Deus teoricamente ia querer, então haverá muita frustração, pois nem sempre Deus de fato faz tudo que pode. Deus podia ter evitado que Cristo morresse na cruz (Mat 26:53). Certamente Ele não queria que Cristo tivesse que morrer na cruz. Mas, por causa do grande amor dEle por nós (outro aspecto da sua soberana vontade), Ele permitiu. Se nem Deus sempre faz tudo que pode e tudo que quer, podemos concluir que nem tampouco o homem fará, ou que Deus o fará por meio dele.
A Paulo, um homem de fé sincera e poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, se for da vontade de Deus.
Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim 4:20). Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, dentro dos limites que Deus estabelece e permite. Haverá ocasiões em que vamos querer fazer coisas boas, até coisas para Deus, mas não conseguiremos, porque não era a vontade de Deus naquele momento, ou naquela situação, ou com aquela pessoa.
A respeito desta passagem D.A. Carson alerta: - Uma antiga preferência é Filipenses 4.13: "... tudo posso naquele que me fortalece". O "tudo" não pode ser completamente ilimitado (e. g., saltar sobre a lua, resolver "de cabeça" complexas equações matemáticas ou transformar areia em ouro); portanto, a passagem geralmente é exposta como um texto que promete aos crentes a força de Cristo em tudo o que eles têm a fazer ou em tudo o que Deus lhes ordena que façam. Sem dúvida, este é um conceito bíblico; contudo, no que se refere a esse versículo, dá-se pouca atenção ao contexto. O "tudo" aqui consiste em viver alegre em meio a fartura ou fome, em abundância ou escassez (Fp 4.10-12). Seja qual for sua situação, Paulo pode lutar com alegria por meio de Cristo, que o fortalece. [3]
Concluímos que o ponto de Paulo em Filipenses 4:13 quanto àquilo que ele pode fazer se refere à força para enfrentar situações que a vida traz a ele, especificamente no sentido de necessidades pessoais. Mas a ênfase não está nele só, e sim nAquele que lhe dá esta força – Cristo Jesus. O versículo pode ser dividido em duas partes “tudo posso” e “naquele que me fortalece”. O mundo declara com orgulho e confiança “tudo posso” e pronto. O Cristão corrige, com humildade temperada pela fé em Jesus “Sei que enfrentarei muitas dificuldades nesta vida, e que sozinho seria derrubado, mas, ‘Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’.”
Hoje em dia os Cristãos ainda enfrentam as incertezas do desemprego, o medo da violência e da doença. É preciso assegurá-los de que, com Cristo, podemos lidar com qualquer situação, não importa quão adversa for. Podemos confiar em Deus de que Ele nos dará a força que precisamos. Basta caminharmos junto a Jesus.
E o “tudo” que podemos fazer?
Alguns ainda querem saber, "o homem pode fazer tudo o que ele precisa fazer?" Até isso, na verdade, é relativo. O homem às vezes pensa que precisa fazer algo, tenta fazer e se frustra quando não consegue. Ele declara que Deus não existe, ou reclama que Deus não ouviu suas orações. Mas, Deus muitas vezes sabe que há uma grande diferença entre o que o homem pensa que precisa e o que ele realmente precisa. Quando era jovem namorei uma moça e pensei que precisava casar com ela. Não deu certo. Acabei esperando até quase 40 anos de idade para casar. Hoje, sei que Deus me deu, graças à sua vontade que é sempre melhor, a esposa que eu realmente precisava.
Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, sim, diria que o homem pode fazer o que precisa. Mas, esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita coisa que, além de poder fazer, devíamos fazer, mas nem sempre fazemos.
Talvez a grande questão não é se Deus me capacita para fazer tudo que preciso. Dentro da soberana vontade dEle, Ele sempre capacita. O problema é que eu nem sempre quero fazer tudo para o qual Ele me capacitou. Talvez para Deus parece que queremos saber se podemos fazer de tudo, quando tão pouco fazemos com o “tudo” que já podemos. Que Deus nos ajude a, como Paulo, nos contentarmos não só com aquilo que Ele nos deu, mas com aquilo que Ele nos capacitou a fazer, e esmeremo-nos ao fazê-lo.
Extraído do site:
http://www.hermeneutica.com/estudos/filipenses4_13.html

Dos males o menor

Dos males, o menor...
Um teste para a sua inteligência: De todas as drogas, qual é a pior? Ópio, cocaína, heroína, maconha, crack ? Ou, quem sabe, alguma outra que você conheça e que não está na lista. Prepare-se para uma surpresa: a pior de todas, por seu charme, pelo seu consumo generalizado e pelo mal que faz para as pessoas e a sociedade é o álcool. Que o álcool é uma droga, não há a menor dúvida porque pode criar dependência e provoca perturbações nos estados de consciência da pessoa. Sob o efeito do álcool elas deixam de perceber a realidade e desandam a fazer doideiras. Tive um primo que morreu de tanto beber. Ele gostava de fazer viagens noturnas sob o efeito da bebida. Justificava-se, quando advertido sobre o perigo de dirigir naquele estado, dizendo que quando estava bêbado a estrada ficava com o dobro da largura...
As bebidas alcoólicas são responsáveis pela maioria absoluta de atos de violência na casa, contra filhos e mulher, de violência generalizada, de crimes e desastres de automóvel, sem mencionar os seus efeitos sobre a saúde de quem bebe. Uma festa alegre movida ao sabor da inocente cerveja: esse é o cenário perfeito que freqüentemente antecede os velórios, especialmente de jovens e adolescentes.
Em várias partes do mundo há uma violenta campanha contra o fumo, o que está certo. Fumo é droga. Fumo vicia. Fumo faz mal à saúde. Fumo pode matar. Nos Estados Unidos, país que globalizou o charme do cigarro via Hollywood, agora os fumantes são tidos como párias. Não há lugar onde possam gozar o seu cigarro em paz. Fumar é vergonhoso, um defeito de caráter. Lembro-me do inferno que era antigamente viajar de avião. Numa das minhas viagens para o exterior, oito horas trancado naquela coisa sem janelas, fumava-se tanto que o ar ficou totalmente azul. E todos consideravam que aquilo era normal. O único lugar onde eu podia me refugiar da fumaça e encontrar um pouco de ar de verdade era no banheiro. Agora fumar é proibido. Uma amiga me contou que, visitando Nova Iorque, num dia de neve e vento, achou curioso que defronte dos prédios houvesse grupinhos de pessoas reunidas. Não entendeu: reunião do lado de fora do confortável ar condicionado, com um frio daqueles? Mas logo lhe explicaram: eram os fumantes que, proibidos de fumar dentro dos prédios, só tinham a alternativa do frio e vento. Em Nova Iorque agora não se pode fumar nem mesmo nos bares – e não existem áreas separadas para os fumantes. Fumantes não têm direitos. E a implacável perseguição aos fumantes chega a limites entre a grosseria e o cômico. Num período que passei na cidade de Denver, Colorado, meu vizinho de apartamento afixou à sua porta a seguinte advertência: "If you don’t smoke I will not fart..." – "Se você não fumar eu não vou peidar..." Descontado o mau cheiro, é certo que os malefícios do segundo verbo, a longo prazo, são menores que os malefícios do primeiro...
O que não entendo são as razões por que a justa intolerância para com o cigarro não tenha atingido as bebidas alcoólicas. Comerciais de cigarro foram banidos da televisão. Mas a televisão está cheia de comerciais de cerveja em que juventude, sexo, alegria, riso e companheirismo acontecem sob o patrocínio do sacramento "cerveja". Fim de semana? É churrasco e cerveja...
Os legisladores norte-americanos, marcados pela moral puritana e convencidos dos malefícios do álcool, resolveram acabar com a bebida. Foi lá pelos idos dos anos 20 do século passado. Raciocinaram: O álcool rouba das pessoas suas funções racionais. Roubadas de suas funções racionais, as pessoas se comportam de forma irresponsável. Pessoas irresponsáveis perturbam a ordem pública, são maus cidadãos, eventualmente se tornam criminosas. Segue-se que, eliminando-se o álcool, o país será formado por cidadãos sóbrios e racionais. Assim, passaram a lei que se chamou lei seca. Mas a lei seca teve resultados desastrosos e foi de curta duração. Sobraram alguns resquícios divertidos que ainda vigoravam quando vivi lá. Em certos estados era proibido vender bebidas alcoólicas nas manhãs de domingo porque os cidadãos deveriam estar sóbrios para ir à igreja e ouvir a pregação da pura palavra de Deus. Viajando de avião, as comissárias começavam o serviço de bordo, cerveja, uísque, gin, martini.
De repente, paravam tudo. É que o avião começara a sobrevoar o espaço aéreo de um estado onde era proibido vender bebidas alcoólicas nas manhãs de domingo... Voltando à lei seca. O fato é que a realidade social é mais forte que as leis. A lei seca proibia fabricação, venda e consumo de bebidas alcoólicas. Mas não tinha poder para proibir o desejo. Não há formas de se proibir o desejo. E o desejo fica mais forte quando o seu objeto é proibido. Foi nesse vazio que a Máfia entrou. Ela se apropriou do espaço deixado pela proibição. Passou a se dedicar ao lucrativo comércio clandestino de álcool. E, como é óbvio, bebidas alcoólicas clandestinas são muito mais caras que as legalizadas. Os lucros são maiores. A emenda foi pior que o soneto. Antes da lei seca o que havia eram os malefícios da bebida. Agora, aos malefícios da bebida agregavam-se malefícios não sonhados: assassinatos, extorsão, corrupção de policiais, de políticos, de juízes, e as guerras entre as "famílias" na disputa de mercados.
O que é curioso é que, sendo o álcool uma droga potencialmente muito mais perigosa que o cigarro – não sei de violência familiar ou desastre de automóvel que tenha sido provocado por cigarro – haja tanta tolerância para com ele. Na verdade, creio que nem se pode falar em tolerância. Porque "tolerar" se refere a algo desagradável. Tolerar um barulho, tolerar uma dor de cabeça, tolerar um chato... Não se tolera um sorvete, um caqui ou um beijo... A atitude social para com as bebidas alcoólicas não é de tolerância. É de apreciação. Ah! Uma cervejinha gelada, um uísque on the rocks, uma caipirinha... Bebidas deliciosas que fazem todos sorrir (exceto os que estão tomando antibióticos...). Digamos então que as bebidas alcoólicas são drogas deliciosas e perigosas, potencialmente destrutivas, que contam com o sorriso complacente da sociedade.
Seria bom se houvesse um estudo comparativo dos efeitos do cigarro, das bebidas alcoólicas, da maconha, da cocaína, para que pudéssemos conhecer os efeitos destruidores de cada uma dessas drogas. Estudo que apresentasse dados numéricos relativos aos efeitos individuais psicológicos e orgânicos, violência, crime, acidentes, custos financeiros individuais e sociais. No caso das drogas criminalizadas, é importante saber quanto gasta o governo em segurança. Não conheço os dados estatísticos mas tenho a impressão de que as possíveis conseqüências pessoais e sociais das bebidas alcoólicas são muito maiores que as conseqüências pessoais e sociais do cigarro e da maconha.
Creio que poderíamos aprender muito com a experiência norte-americana da lei seca. Porque é essa, precisamente, a situação que vivemos no país, em relação ao tráfico de drogas. Todas as drogas, inclusive o cigarro e as bebidas alcoólicas, causam malefícios. Mas, no caso das drogas criminalizadas, isso é, aquelas cuja produção, distribuição e consumo a lei proibe, o seu malefício maior não está naquilo que elas podem fazer com os seus usuários, individualmente. Seu malefício maior está no fato de que, por serem proibidas, elas criam o espaço para o estabelecimento de um império paralelo de violência, crime, dinheiro, corrupção, intimidação que coloca em perigo a ordem social. Santo Agostinho, no seu livro A Cidade de Deus, diz que se um bando de criminosos, pelo uso das armas, toma posse de territórios e, pelo medo e pela violência, tem o poder de impor a sua vontade, esse bando se transforma num império porque ao seu poder criminoso se acrescenta a impunidade. O que é precisamente a situação em que estamos. Os traficantes têm mais poder que o estado legal. Ordenam que estabelecimentos comerciais e escolares fiquem fechados e as suas ordens são obedecidas. É preciso compreender que o Brasil foi invadido por alienígenas. É curioso que as forças armadas e a polícia tenham tido capacidade para derrotar os ditos "subversivos" de outros tempos e agora se encontrem impotentes. Alguém sugeriria uma explicação? O fato é que o império do tráfico de drogas, como realidade política, é infinitamente mais perigoso que as drogas, simplesmente. Talvez seja essa a razão para a tolerância para com as bebidas alcoólicas. Se fossem proibidas, elas não desapareceriam. Apenas passariam a circular clandestinamente. Foi o que os legisladores norte-americanos perceberam. Concluíram, então, que era preferível ter alguns cidadãos bêbados pelas ruas nas manhãs de domingo, em estado lamentável mas visíveis e controláveis, a ter a Máfia invisível e incontrolável em operação em todos os lugares em todas as horas do dia.
- Música clássica: Para os que já gostam e os que querem aprender a gostar de música clássica eu sugeri o programa da TV Senado, Quem tem medo da música clássica?, apresentado por Artur da Távola. E me esqueci de mencionar o programa Momento Musical, da Rádio Educativa FM de Campinas, 101.9, apresentado por Marco Padilha. Ele vai ao ar às quartas-feiras, das 21 às 24 horas. Vale a pena!
- Fomos maus alunos: O normal é dizer "Escrevi um livro". O Gilberto Dimenstein e eu conversamos um livro. Pois o livro foi a transcrição de uma conversa sobre nossas experiências com a escola. Uma amiga querida, Maria Olímpia, não gostou do título. E me explicou: "Eu ensino inglês. Pois logo após o resultado das últimas eleições um aluno jogou o livro displicentemente sobre a mesa e disse, com o rei na barriga: ‘Não é preciso saber inglês para ser presidente da República.’" É verdade. Tanto assim que temos um presidente que não fala inglês. Mas não é para isso que se estuda inglês: é para se ter acesso a um mundo imenso, rico e bonito, cuja porta se abre com a chave chamada "inglês". O perigo é que se conclua que o caminho para o sucesso é ser mau aluno. Fomos maus alunos porque não nos interessávamos pelas coisas que os professores faziam de conta que ensinavam. Mas nos interessávamos por outras que nos apaixonavam. E fomos atrás delas... Fomos maus alunos na escola mas fomos bons alunos – eu acho – da vida.
Extraído de http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/r_alves/id250703.htm

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A humildade


Uzias tinha somente 16 anos quando seu pai foi assassinado e ele subitamente se tornou rei de Judá, no oitavo século antes de Cristo. A história de seu reinado, que é registrada em 2 Crônicas 26, ensina uma lição poderosa sobre a importância da humildade. Uzias começou bem. Ele respeitava o Senhor e sua palavra, e Deus o abençoou abundantemente. O reino se expandiu e o rei fiel conseguiu dominar seus inimigos de todos os lados. Sua reputação se espalhou a outros países. Uzias se fortaleceu.
Então, tudo mudou. "Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (2 Crônicas 26:16). Uzias era um homem especialmente escolhido por Deus para conduzir seu povo. Durante muitos anos, Uzias serviu o Senhor fielmente. Porém não estava autorizado a entrar no templo para queimar incenso. Esse papel estava reservado para outros homens escolhidos por Deus, os sacerdotes, que serviam no templo. Uzias, não estando mais contente com o desempenho do papel que Deus lhe havia dado, tentou assumir uma função extra e foi fortemente repreendido por seu erro.
O sacerdote Azarias e 80 outros sacerdotes seguiram Uzias até o templo e desafiaram seu ato presunçoso. Uzias enraiveceu-se e Deus respondeu imediatamente ao seu erro. O rei ficou leproso ali mesmo no templo diante dos olhos dos sacerdotes. Eles imediatamente o atiraram fora do templo, e Uzias correu da casa de Deus, percebendo que o Senhor tinha punido sua arrogância. Seu filho assumiu os negócios do Estado e deixou o leproso Uzias isolado em sua casa pelo resto de sua vida. A vida abençoada de um grande homem foi arruinada por um ato de desobediência. Uzias, como o primeiro rei de Israel (veja Samuel 15:17-23), foi derrubado por seu próprio orgulho.
Humildade:
Fundamental para nossa comunhão com Deus
Quando Jesus pregou o sermão que define o caráter do verdadeiro discípulo, suas palavras iniciais foram diretas ao coração: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). Ele continuou a pregar durante mais três capítulos, mas muitos ouvintes não o ouviram porque nunca passaram da linha de partida. Mesmo hoje, a maior parte da mensagem do evangelho cai em ouvidos surdos de homens e mulheres arrogantes que não querem mesmo reconhecer a posição de Jesus como Senhor.
Mas Jesus não reduziu os padrões. Ele não abriu uma porta extra para entrarem os arrogantes ou os "quase" humildes. Ele manteve intacto o seu requisito fundamental porque ele reflete a exigência eterna de Deus. Deus nunca aceitou o homem cheio de orgulho que pensava fazer as coisas a seu próprio modo. Ao contrário de toda a sabedoria dos homens carnais, tendentes a adquirir poder e posição, Deus aceita exclusivamente os humildes. Uma geração depois de Uzias, o profeta Miquéias pegou perfeitamente a idéia quando ele citou as palavras de Deus: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (Miquéias 6:8). As Escrituras deixam perfeitamente claro que não há  outra maneira de caminhar com Deus. Ou andamos humildemente com nosso Deus, ou não andamos de modo nenhum com ele!
Jesus andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para moldá -los como os servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava freqüentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos. Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para servir e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Filipenses 2:3-8).
Dois exemplos mostram claramente como Jesus ressaltava a humildade para seus apóstolos. O primeiro está em Mateus 18:1-4. Os apóstolos freqüentemente disputavam entre si sobre a grandeza. Dois deles uma vez foram tão ousados a ponto de pedir que fossem colocados acima de seus colegas no reino. Jesus respondeu à atitude deles chamando uma criança. Enquanto estes homens crescidos olhavam, Jesus começou a pregar um sermão memorável: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:3-4).
O segundo exemplo, ainda mais tocante, é registrado em João 13:1-17. Quando se preparavam para partilhar a refeição da Páscoa, Jesus aproveitou o momento para ensinar uma lição necessária. Os apóstolos jamais esqueceriam esta noite, e Jesus não perdeu a oportunidade para ensinar. Ele tomou uma toalha e  água e foi, de discípulo em discípulo, lavando seus pés. Isto era, por costume, serviço dos servos mais humildes, mas aqui o Criador do universo estava se humilhando diante de simples galileus. Quando terminou, ele voltou-se para os apóstolos e perguntou? "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes" (João 13:12-17).
Não é de se admirar que outros homens inspirados falassem da importância da humildade. Tiago disse: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós... Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:6-10).
Como a arrogância impede a salvação
Podemos tirar algumas conclusões claras e importantes do ensinamento da Bíblia, mostrando o porquê a falta de humildade impede a salvação. Considere como o orgulho é absolutamente oposto às qualidades e comportamentos que Deus quer que demonstremos.
·         Sem humildade, não serviremos outros como deveríamos, porque aqueles que são arrogantes e egoístas querem ser servidos, e não servir.
·         Sem humildade, não seremos seguidores. Os orgulhosos querem ser chefes e cobiçam a posição e a influência de outros. Este foi o problema que Arão e Miriã tiveram em Números 12, e o mesmo pecado que custou as vidas de quase 15.000 pessoas, em Números 16.
·         Sem humildade não buscaremos realmente a verdade. O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, e não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede nosso entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o fato que alguma outra pessoa sabe mais do que nós, nosso orgulho será um bloqueio fatal para o estudo eficaz da Bíblia.
·         Sem humildade, não reconheceremos nossos próprios defeitos. Somos até capazes de enganar nossos próprios corações para não vermos nosso próprio pecado. Saul fez isto quando defendeu sua desobediência na batalha contra os amalequitas. Ele argumentou que tinha obedecido o Senhor e que o povo tinha errado (1 Samuel 15:20-21). Deus não aceitou esta desculpa esfarrapada, e não aceita a nossa.
·         Um outro problema relacionado com a arrogância é a dificuldade em aceitar a correção. Provérbios 15:31-33 mostra a conseqüência de tal orgulho: "Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra." Provérbios 12:1 é mais direto: "Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido."
·         O outro lado deste problema é que a pessoa arrogante também não perdoa o erro dos outros. O orgulho é inerentemente egoísta, e nos torna facilmente ofendidos e lentos a perdoar. Isto cria uma tremenda barreira para a salvação. Jesus ensinou claramente que a pessoa que não perdoa não será perdoada por Deus (Mateus 6:12,14-15).
A última linha é muito clara. Se não aprendemos como ser humildes, não entraremos no céu. Deus rejeita os orgulhosos e exalta os humildes (Tiago 4:6,10).
Como desenvolver a humildade
Uma vez que a humildade é obviamente essencial à nossa salvação, deveremos estar preocupados em acrescentar esta qualidade a nossas vidas. Aqui estão umas poucas sugestões simples que nos ajudarão:
ŒDevemos procurar o melhor nos outros, e buscar servir os outros como Jesus fez (Romanos 12:10; Efésios 4:2-3; Filipenses 2:3-4).
Não devemos pensar que somos importantes (Lucas 17:10). Cada um deve usar sua capacidade, porém não devemos pensar que somos melhores do que outros (Romanos 12:3-8).
Ž  Não devemos esperar que outros nos humilhem. A chave da obediência é nossa humildade voluntária (Tiago 4:10), não a humilhação forçada.
Sempre que estivermos tentados a pensar que somos grandes e importantes, devemos parar para contemplar a grandeza e a majestade de Deus. Comparados com o Criador e Sustentador do Universo, somos débeis e insignificantes. O Salmo 8, especialmente nos versículos 3, 4 e 10, nos faz descer ao nosso tamanho rapidamente!
"Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:10).
- por Dennis Allan
Extraído do site: http://www.estudosdabiblia.net/d53.htm

domingo, 3 de julho de 2011

UBUNTU




A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria   catequizar  os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou  ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair  correndo  até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam   lá dentro. 
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!",
Instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto.  Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade,essência daquele povo.
Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PRA VOCÊ!
Enviado pelo Primeiro Sargento Ferreira